Por Marcelo de Oliveira Souza, IWA (Salvador, BA)
A Inevitabilidade da Morte
Diante da inevitabilidade da morte, as pessoas caem no desespero perante um poder muito maior que a gente, em que não suportamos quando a dona da foice passa a sua sentença.
Como faz parte de todo o desenvolvimento da vida, ela vem naturalmente, imponente, muitas vezes sem a gente perceber; outras vezes ela manda o convite que as pessoas teimam em não receber, onde viramos um paciente impaciente, sofrendo com uma doença terminal.
Nesse caso não é apenas o enfermo que sofre, a família toda sente o impacto, onde esse doloroso tombo aos poucos vai corroendo as nossas resistências, da mesma forma que destrói o senso lógico de cada um.
Uns perdem até a fé em Deus, chegando até a amaldiçoá-lo, outros se apegam mais ainda por um milagre que poderá não vir e depois do tombo vira-se contra o ser celestial, pois a intensa dor os impede de concatenar suas ideias.
Tem outros que mudam a sua religião na hora final, passa a aceitar dogmas totalmente contrário à sua experiência de vida.
Mesmo a morte nos traz muitas lições, muitos aprendizados são adquiridos diante dela, onde na maioria das vezes as pessoas depois de um tempo se resignam, tentando lembrar da época boa em que esse ente querido estava vivo, das mensagens que ele tentou enviar na sua passagem para o além; outras vezes o falecido é o alicerce de uma família que por sua vez se desmorona e não tem mais como reconstruir, mesmo diante de tanto sofrimento as pessoas não aprendem nada.
A inevitável morte nos intriga,
tem cientista que estuda isso há anos, uns dizem que num futuro distante ela
terá dificuldades de vir ceifar as
almas, mas enquanto isso não acontece, temos que estar preparados para ela,
mesmo que seja uma retórica, é a mais perfeita verdade, principalmente nessa
época aqui no Brasil, onde o valor da vida está menor a cada dia, onde saímos e
não sabermos se voltamos, em que o consumismo virou uma religião e o amor
perante o nosso Criador caiu no ostracismo.
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