Doze anos depois...
‘’Ora, o aguilhão da
morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. ’’
1 Coríntios 15:56
Uma olhada rápida no
espelho e, ela mal pode acreditar nas marcas que o tempo imprimira em seu belo
corpo. E parada diante do espelho, ela está, linda e sensual, vestida de
lingerie vermelha exuberante! E seu amante, está na cama deitado de bruços,
complacentemente, ele parece dormir um sono profundo.
Até ali, foram doze anos
de agonia e também de puro prazer, para os dois, logo ambos não poderiam
reclamar de nada. Pois o que é o sexo para os amantes clandestino? Senão uma
estranha conjunção entre o amor e a dor, entre o divino e o profano!
Se alguém pedisse para
ela, definir a sua relação com o seu amante casado, seria assim que ela o
definiria: – ‘’Um ponto onde o amor e o ódio se encontram’’. E acrescentaria
mais: — ‘’Seria como um ponto obscuro na vida da gente, que às vezes parece que
vai durar para sempre! Só que às vezes dura mesmo’’! — E as marcas em seu corpo
são prova disso tudo, são cicatrizes profundas no corpo e na alma.
E parada diante do
espelho, fumando seu cigarro tranquilamente, pensando no que fizera há poucos
minutos. Pensando no corpo do seu amásio sem vida, deitado na cama. E na mesa
de centro, que ainda conserva os dois copos de uísque barato, com as pedras de
gelos dentro, que deveria ser para ambos desfrutarem, depois do prazer. Sylvia
desconsolada encosta uma arma em sua têmpora...
Samuel da Costa é
contista em Itajaí, Santa Catarina.
Contato:
samueldeitajai@yahoo.com.br
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