sábado, 1 de janeiro de 2022

XENOFOBIA!

Xenofobia!

 

Luna se mudou para cidade grande, com seus filhos pequenos Antônio e Leandro, era uma bela e simpática nordestina. Resolveu se mudar para cidade grande, procurar um emprego digno, procurou por muito tempo e não conseguiu.

Há muito tempo sem poder dar o que comer para os filhos pequenos, suas noites eram de choro, suas crianças choravam de fome. Luna sofria a dor do abandono, xenofobia por muitos. Sem dinheiro para voltar para sua terra natal, pedia a Deus alimento e um teto para morar com seus filhos.                       

Despejada da casa onde estava morando, foi enfrentar a vida nas ruas, sofreu xenofobia, muitos viravam as costas para ela, quando pedia um prato de comida para os filhos.  Parada olhando para os seus filhos, sem banho, sem teto e sem comida! Deixou-os ali e saiu em busca de algum mantimento pela rua afora, era sua única solução.

E com toda a timidez, pedia para quem quer que fosse: — Poderia me arrumar comida para dar aos meus filhos!? Com variações tinha como resposta: —Trabalhe! Volte pra tua terra!

Cansada de procurar trabalho e abandonada pelo marido! Decidiu vender seu corpo pelas ruas! Chegou a ser estuprada, não resistindo mais aquela vida, furtou mantimentos para matar a fome de seus filhos. Logo depois, foi presa com alguns pães em mãos, considerada bandida, passou meses num presídio, onde foi torturada e dada como morta.

Já sem forças, Luna faleceu, ali mesmo no presídio! Seus filhos morando na rua, entregaram-se às drogas e ao tráfico. Hoje estão foragidos. Mesmo depois de morta, muitos dizem que ouvem seu choro de dor!

Tudo isso foi consequência do preconceito chamado xenofobia de muitos brasileiros. E, suas últimas palavras foram: —Piedade! Ajudem meus filhos...! Piedade!


Texto, argumento e enredo de Fabiane Braga Lima, contista em Rio claro, SP.

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

Texto e revisão de Samuel da Costa, contista em Itajaí, SC.

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

 

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