segunda-feira, 1 de agosto de 2022

DA NECESSIDADE DO AMOR POÉTICO

Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)

 

De início escrever para mim foi mais uma necessidade do que uma paixão pela arte, eu queria me encontrar nesse mundo e entender muitas coisas dentro de mim, e no meu entorno, principalmente o preconceito. Depois isso veio na minha vida como uma paixão avassaladora. Eu quis tanto para mim que se tornou um amor imensurável. Mas claro, nesse meio literário nada acontece sem uma razão ou motivo, sempre tem algo por trás de tudo isso. No meu caso eu li um livro chamado Saudades da Vila e me identifiquei com a história que queria ter sido a autora desta obra, foi então que a necessidade de escrever veio e junto aquela paixão que se transformou.

A minha veia poética traz o lado humano e toda a verdade da realidade em que vivemos, os caminhos e descaminhos da vida. Entrar no interior humano e trazer para o mundo externo é uma explosão de sensações que me faz pensar e que traz uma reflexão aos meus leitores. Mas antes de eu caminhar por esses caminhos, trilhei rabiscos em cadernos baratos comprados em supermercados. As paixonites, os tropeços, os sonhos, as desilusões, os romances, enfim, uma riqueza literária de quem ousou sonhar alto aos 15 anos de idade na década de 90.

Eu posso dizer que ainda vou caminhar muito mais nesse universo, levei tempo para chegar e não pretendo sair. Quando se chega em um lugar bom a tendência é querer ficar. Encontrei no mundo literário forças para continuar vivendo e lutar por muitas coisas. Esse mundo às vezes é cruel e ter uma mulher num lugar que antes era somente ocupado por homens é lindo! Eu chego para mostrar que nós mulheres podemos tudo.

Às vezes me surpreendo comigo, com cada coisa que escrevo. Eu chego a viajar para outros mundos e o incrível disso tudo é que os assuntos não acabam. O tema principal é o amor, já tentei parar de escrever sobre, mas é algo penitente. O irônico é que nunca tive um amor correspondido, chego à brincar ao dizer que Santo Antônio deve estar furioso comigo, mas isso é uma conversa para um outro conto, vou deixar o suspense no ar. Por ora o que posso dizer é que eu sou Clarisse da Costa, escritora catarinense, escrever é a minha vida, a conexão com a minha alma.

 

Texto de Clarisse da Costa é cronista e poetisa em Biguaçu, Santa Catarina.

 Contato: clarissedacosta81@gmail.com

 

 

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