Por Fabiane Braga Lima (SP) e
Clarisse Cristal (SC)
Poetisa
irrequieta e adorada
Talvez
deveríamos trocar correspondências
Não as
de hoje em dia
Inodoras,
insípidas
E
lacônicas
E sim
as velhas correspondências
Lânguidas
e lentas
Compostas
à meia luz
De
candeeiros e lamparinas
Ou
mesmo ditadas pelo matraquear
Da
mecanografia
Ou
molhada no pico da pena
E
finalizada no mata-borrão
***
Talvez
deveríamos trocar
Correspondências
Não as
de hoje em dia
Pois
seriam mesmo velhas
Então,
vamos simplificar
Este
texto
Que
tal!?
Palavras
onde ninguém
Mais
ninguém
Precisasse
consultar o dicionário
***
Sim
concordo
Mas
sou apegada
Em
belas-letras mortas
Ao som
inaudível
De
noturnas sinfonias lânguida e lenta
Arrastada
Sim,
vamos trocar impressões
Em
paraísos artificiais
Na
distância mais que segura
***
Ditadas
com amor
Ou
desamores
Como
gênios da literatura
Onde o
clássico nunca morre
Que
tal!?
O
movimento simbolista
E
esquecer o nosso falso
Surreal
***
Doravante
sejamos
Nós
duas mulheres livres
Doravante
ousamos brilhar
O
brilho fúlgido dos astros mortos
***
Sim,
seria o certo
Não o
duvidoso
Mas o
natural...!
Texto de Fabiane Braga Lime, poetisa e contista em Rio claro, São Paulo.
Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br
Texto de Clarisse Cristal, poetisa e bibliotecária em
Balneário Camboriú, Santa Catarina.
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