Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
(Em
memória de Raquel da Costa e Isabel Cristina da Costa)
Eu
prefiro as frases feitas...
Adoro
lê-las...
E
pensar que elas são minhas!
***
Dizer:
– Vou te amar para todo o sempre!
Usando
velhos clichés.
***
Finjo
ser poeta!
Às
vezes até contista...
Nessas
horas uso antigos clichés.
Porque
dizer: – Eu te amo!
Não é
dizer bom dia.
***
Escuto
velhas músicas!
E
chego a pensar que a dor.
É
realmente minha.
Mas
não é!!!
***
Às
vezes...
Penso
em ser prosador!
Para
voltar para a minha infância!
Onde
eu corro de novo.
Entre
becos e vielas...
De
braços bem abertos!
***
Mas
volto para o tempo presente...
Mais-que-perfeito!
Onde
finjo ser o aedo...
Na
pós-modernidade líquida!
A
ignorar regras, rimas e métricas...
E
desdenhar antigas elegias!
Todas
as fórmulas arcaicas...
Prontas
e acabadas.
Desusadas
formas de amar musas,
Virgens
intocadas e santas vaporosas...
***
Às
vezes….
Finjo
ser eu o versejador!
Nos
tempos pós-modernos!
E em
meus versos!
Sinto
que não fostes embora...
Estás
perdida entre os meus versos...
Mais
profanos...
No
estro meu...
Às
vezes finjo que não te perdi,
Para
todo o sempre!
***
Às
vezes leio antigas poesias.
Mas
somente às vezes!
E
penso que são meus...
Aqueles
idílios de saudades...
***
Nessa
hora eu gostaria...
De ser
um poeta de verdade.
Para
pensar que não a perdi!
Para
todo o sempre...
***
Imortalizar-te-ia...
Minha
sacrossanta musa,
Em
meus versos mais profanos!
***
Às
vezes...
Penso
ser eu o poeta!
Na
pós-modernidade liquefeita.
A usar
velhos clichés!
Para
poder ousar dizer:
–Te
amo, não é bom dia!
Contato:
samueldeitajai@yahoo.com.br
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