Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Anos antes, de
eu ouvir um molho de chaves tilintarem no ar, sim os tilintares do milho de
chaves ainda me assombram, sempre a me colocando no meu devido lugar. Sim, são
nos pequenos atos do cotidiano, que as grandes elucubrações se revelam e nos
revelam. Eu tive os meus dias de Coronel Aureliano Buendía, eu parada e diante
de um pelotão de um fuzilamento, mas quem nunca teve esses momentos na vida? E
lá estava eu, no início do século XXI, em um conclave, que se revelou em uma
espécie de julgamento, na verdade uma aplicação de uma pena! Pois o julgamento
ocorreu antes, em outro lugar sem a minha presença. Coisas da vida, lá quem
mandou eu me imiscuir com sacrossantos querubins e querubinas, em uma
militância social/política.
Chutes no traseiro à esquerda à parte, senti finais, que aquele meio não era
para mim, uma vez que, em um outro conclave, com essas mesmas figuras
mitológicas. Um querubim-mor, graduado, me chamou de canto, ele estava muito
preocupado, pois em um jornal de circulação local publicou um texto, em versos,
com o meu nome ao final. Sim, querubim-mor estava muito preocupado pois um
alguém, estava usando o meu nome, em uma obra literária. E lá vai eu explicar
que o texto era meu, para espanto da figura mitológica, sim um homem negro,
periférico, um modesto funcionário público e habitante dos subsolos.
Um pouco de contexto aqui, no primeiro decénio, no início do século XXI, eu
frequentava o curso de comunicação social, com habilitação em publicidade e
propaganda em uma universidade e ativo nos movimentos sociais, na localidade.
Eu tive a infeliz ideia de colaborar com a imprensa e produzir veículos de
informação subterrâneas, fanzines ou no popular, revistas alternativas
fotocopiadas. E pior, usar o meu próprio nome nas publicações.
Voltando para o início do texto, para os muitos ridículos da vida, eu isolado,
apartado depois do chute na minha traseira, dado à esquerda, com força fui me
embrenhar na graça e no perfume, em belas-letras. Claro que era e sou, enquanto
dedilho este texto, agente do aparato repressivo estatal, fui fazer a luta de
classes, organizar a minha categoria, tentar pelo menos. Em suma, eu não
desapareci do cenário sócio e político local.
Mas como o assunto aqui é ridiculices, em uma sociedade estratificada, segui a
minha vida na solidão à esquerda, produzir as minhas belas letras, colaborar
com a imprensa, participar do cenário cultural local, com muita força. Eu não
sou o coronel Aureliano Buendía, não lutei trinta e duas revoluções e não perdi
trinta e duas revoluções. Depois de uma longa jornada pelos subterrâneos da
cultura local, livros lançados, das muitas ridiculices, dos pequenos embates
nos subsolos do localismo, perdi e ganhei pequenas batalhas.
Poderia eu aqui ressaltar grandes e pequenos embates, com querubins e
querubinas à esquerda e a direita, desde uma dessas figuras mitológicas a
esquerda veio ter comigo, ressalta que eu de ter um editor a direita. Um
canalha pequeno burguês, segundo o querubim graduado, daí lembrei para figura
mitológica, que o canalha pequeno burguês, vivia me convidado para jantares na
casa dele. E ressaltei que eu nem sabia, onde e aonde ele morava, falo do
querubim inquisidor.
Finalizo aqui, que mais tarde aprofundo nas pequenas ridiculices, que
ocorreram nessa pequena saga.
Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário