Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
‘’Ontem eu fiz uma faxina dentro de mim...
Eu preciso mudar, ter amor-próprio...
E me respeitar e crescer’’
Fabiane Braga Lima
O que nos aguardará o amanhã?
E o que há de vir?
No depois do amanhã?
O que há de porvir para nos dois?
***
Digo-te sacrossanta poetisa celestial
Nestes dias supra-reais
Em horas inexatas
Em um tempo que é atemporal
Marcada pela digital clepsidra irreal
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Recordo-te do nosso caminhar
Na vastidão infinda
Na solitude astral! Dos estros meus
Os meus rúpteis estribilhos
Que andavam sozinhos
Por agora não mais
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A minha negra e eviterna escrita
Aqui não adia
Pois hoje é o dia
De confessar diante do sacrário
As nossas breves vidas
Aqui não adiam
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Os nossos cósmicos medos
As nossas ilusórias alegrias
As nossas sintécticas quimeras
As nossas bocas famintas
Aqui não adiam
***
São duas doridas negras lágrimas
São duas celestes escritas
E dois ebúrneos sorrisos
Em eternas agonias
Em eviternas alegrias
Fragmento do livro: Duas lágrimas, duas
vidas e dois sorrisos, de Samuel da Costa,
novelista, poeta e contista em Itajaí, Santa Catarina.
Gostei, parabéns ao poeta. "As nossas breves vidas - aqui não adiam". "As nossas bocas famintas - aqui não adiam".
ResponderExcluirManoel Ianzer