domingo, 1 de junho de 2025

DUAS LÁGRIMAS, DUAS VIDAS E DOIS SORRISOS

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

 

‘’Ontem eu fiz uma faxina dentro de mim...

 Eu preciso mudar, ter amor-próprio...

E me respeitar e crescer’’

Fabiane Braga Lima

O que nos aguardará o amanhã?

E o que há de vir?

No depois do amanhã?

O que há de porvir para nos dois?

***

Digo-te sacrossanta poetisa celestial

Nestes dias supra-reais

Em horas inexatas

Em um tempo que é atemporal

Marcada pela digital clepsidra irreal

***

Recordo-te do nosso caminhar

Na vastidão infinda

Na solitude astral! Dos estros meus

Os meus rúpteis estribilhos

Que andavam sozinhos

Por agora não mais

***

A minha negra e eviterna escrita

Aqui não adia

Pois hoje é o dia

De confessar diante do sacrário

As nossas breves vidas

Aqui não adiam

***

Os nossos cósmicos medos

As nossas ilusórias alegrias

As nossas sintécticas quimeras

As nossas bocas famintas

Aqui não adiam

***

São duas doridas negras lágrimas

São duas celestes escritas

E dois ebúrneos sorrisos

Em eternas agonias

Em eviternas alegrias


Fragmento do livro: Duas lágrimas, duas vidas e dois sorrisos, de Samuel da Costa, novelista, poeta e contista em Itajaí, Santa Catarina. 

Um comentário:

  1. Gostei, parabéns ao poeta. "As nossas breves vidas - aqui não adiam". "As nossas bocas famintas - aqui não adiam".
    Manoel Ianzer

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