Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)
És a minha afro-deusa celeste
Banha em luar
Tão bela, tão esguia e tão sexy
Dizia o bilhete digital
Que ao final da tarde me mandasse
Em um estribilho neorromântico
Na pós-modernidade
***
À medida que avançamos
Na nossa etérea paixão
Em tempo de relações fluidas
Em que vivemos
Brotava-me a astral inspiração
***
Agora tempos depois
Relembra do cenário o que criamos
Na minha autoconsciente
Descobri e me redescobri
Em mim
E me perdi em ti
***
Façamos o nosso
caminhar
Devagar e a passos
firmes
Para fora do articula paraíso perdido
Para a hirta realidade
***
Em cada respiração um milagre
Em harmonias desarmônicas
Ouço nas copas e nos galhos
De milenares árvores frondosas
Os Bel cantos dos
pássaros místicos
***
Enamorado meu
Em comunhão unimos
Os nossos sintécticos estros
E as nossas vidas terrenas
Digo-te que amar
É uma cósmica comunhão
É uma forma de afastar
Por instantes apenas
Os sofrimentos
Fragmento
do livro, Sustentada no ar por negras asas fracas, de Clarisse Cristal,
poetisa, cronista, contista, novelista e bibliotecária de Balneário Camboriú,
Santa Catarina.
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