Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)
Eu mal posso esperar
Para degustar de todas as
novas
E maravilhosas surpresas
fugazes
Que as novas tecnologias
digitais
Nos trarão daqui a pouco
Modas passageiras que vem e
vão
Passam e não ficam
E nem permanecem por muito
tempo
Nas listas de favoritos
***
Eu como uma mulher negra
E pós-modernista na
realidade fluida
Tomei a trágica decisão
De me amar por si só
Como se fosse um ato radical
E eu que não sou e não estou
tão radical
Quanto eu gostaria de ser
E de me permanecer
***
Fiz um convite para todos os
meus
Tresloucados eus líricos
Venham dançar comigo meus
amores
E juntos vamos vagar
Pela vastidão da terra dos
sonhos
***
Vou apresentar-lhes
Todos os meus desejos
selvagens
E proibidos
Onde a negra arte da
sensualidade afro
Eu sendo o centro de
todas as atenções
Sejam os meus amantes
Os meus bons amigos e boas
amigas
E os seres imagéticos,
nevoentas e incorpóreos
Que buscam fortes emoções
A luz de um tempo atemporal
***
Amo flores silvestres e frutos
proibidos
E todas as belezas vorazes
Felizes e orquestradas
Das artificias florestas
negras
Uma fusão de arte
extra-sensorial
E sensualidade negra!
***
Eu que passei boa parte
Da minha jovem vida dormitando
Dentro de mim
Agora desperto e brado
Fragmento do livro, Sustentada no ar por negras
asas fracas, de Clarisse Cristal, poetisa, cronista, contista, novelista
e bibliotecária de Balneário Camboriú, Santa Catarina.
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