Por Izemar Fernandes Batista (Brasília, DF)
Do tempo, inquietas lembranças esvoaçam
sobre mim e, solenemente, uns vultos passam.
Sombras exaustas, débeis, espectros sem cor,
procissão de vidas que sonhavam o amor.
Trêmula, as sombras achego ao meu abraço.
Confusa, os espectros eu beijo. Destraço
o tempo... Sua tenra luz tremeluzente
converteu os meus sonhos em ventura ausente.
Amor, Felicidade e Dor, os três, vencidos.
todos acalentados, mas, de vez, perdidos
nas pungentes lembranças do exaurido encanto.
E leves, tristes, evolam-se num arquejo,
deixando o meu abraço, esquecendo meu beijo,
mas, levando as fúnebres notas do meu canto.
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