Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP) e Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Fez-me refém da tua loucura,
Grito contido, desejo omitido.
Preciso possuir teu corpo.
***
Aqui o astro rei brilha soberano
Aqui a serenidade me abraça
E a tua celeste figura delgada
Traz-me a paz serena
Em harmonias maviosas
De sintécticos violas, violoncelos e violinos
***
Insanidade!
És a primícia que ofereço aos deuses,
Mistério que toma meu corpo,
Invade meus desejos libidinosos,
Transbordando de vasta saudade.
***
Alva! Sinto os cristalinos versos teus
Os teus celestiais louvores
As tuas sacrossantas preces
Com abissal ardor e melancolia edílica
***
Mas não te sinto, se esconde em versos profanos,
Heresia, me faz teu atroz pecado!
Imploro! Deixe-me sentir teu corpo sobre o meu.
Diga-me se é loucura ou fantasia!?
Não me torture.
***
Alva! Sinto-te aqui flórea
Alva! Sinto-te diáfana
Alva! Diga somente para mim
Que não és uma doidivana quimera brumosa
A endoidecer a minha álgida razão pura
***
Afasta-se do nada,
Deseja-me intensamente e me ignora...
Juro! Não consigo desvendar tuas inúmeras faces,
Nem ao menos te esquecer posso.
Complexidade que alimenta,
Paixão que aos poucos machuca,
Minha cura, sem juras...!
***
Cândida e serena
Quisera te trazer para o astral vergel
Dos místicos aedos decadentistas
Cândida e inefável
Quisera eu trespassar a realidade liquefeita
E te alcançar arcangélica
No celestial páramo tranquilo
Fragmento do livro: Duas lágrimas, duas vidas e
dois sorrisos. Texto e argumento de Fabiane Braga
Lima, novelista, poetisa e contista em Rio Claro, São Paulo.
Texto e revisão de Samuel da Costa, novelista,
poeta e contista em Itajaí, Santa Catarina.
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