Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Para o poeta André Pinheiro
No pôr-do-sol
No fim da noite
É meia-noite! É o
arauto!
Do fim da vida
Do fim de tudo
É meia-noite
É no fim de tudo
Que se celebra a
vida!
São os Santos
Os mártires!
Pois é no martírio...
Que se conhece a
vida!
Que se respeita a
morte!
Que se consagra a
vida!
São nas segundas...
Que se celebra a vida
Que se bebe o
álcool...
Que se espera a
morte!
Que se recita os
versos!
Sou eu! A espera a
morte!
Que não vivo a vida!
Que eu ouso o meu
nome!
Sou eu que em prantos
Grito: Estou vivo
E bem vivo por
sinal...
É na segunda que eu
fico em casa
Para celebrar a vida!
Para esperar a vida!
É na segunda-feira
Que eu fico em casa!
A esperar a vida!
Fragmento do livro: Uma flor
chamada margarida, de Samuel da Costa, contista, poeta e novelista em
Itajaí, Santa Catarina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário