Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)
Minha perdida alma!
Tateia em imersão...
A quimérica escuridão absoluta,
Da álgida eviterna noite.
E vai procurar um abrigo seguro!
No místico vergel encantado.
Vai te procurar divinal negra musa.
Eu não quero mais ficar sozinha
Samuel da Costa
Escrevendo na abissal escuridão
Em companhia da solidão
E de balsâmicas negras velas
E doridas lágrimas profundas
Escorrem no meu rosto
***
E nevoentos prantos soturnos
Na mais completa escuridão
Entre isolares passeios notívagos
Ao campo santo! Flanam no ar
Agorentes negras aves!
Estribilhos decadentistas
São entoados...
Ergamos as nossas hialinas taças
Um avoé! Saudamos Baco e Dionísio
***
No hoje! No agora!
Eu prefiro contemplar sozinha
O frescor da álgida brisa matinal
Da atlântica alvorada rubra
***
No answers... No questions
Without fears... No blame
Without faith
Today is what I am now
***
No hoje eu prefiro ficar sozinha
E contemplar o benfazejo color
E o brilho solar do astro rei
Em cada novíssimo dia
Clarisse Cristal é poetisa, novelista e
bibliotecária em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
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