Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Eu senti o vento do outono, a minha pele pálida e o meu corpo trêmulo ficou intacto. Plantei sementes férteis e as reguei para que, os frutos ficassem mais doces e as raízes, ficassem mais fortes. Deixei o passado para trás e todo caos enterrei. E pela primeira vez me fiz dona de mim, criando um vínculo com a mãe natureza.
As folhas velhas caíram, pois o vento do outono estava forte e no chão lá estava o passado. Olhei o meu rosto no espelho, brilhava, era um presente, o hoje, as sementes férteis, nas quais eu plantei.
Como mulher, me enxerguei. Eu
sei, sempre estarei me moldurando. Mas quanto ao passado, o vento do outono
levou. Enterrei meus (eus) junto aos cacos. E, o grito que me atormentava se
silenciou, dando espaço a uma nova mulher…! Liberta!
Fabiane Braga Lima, é poetisa, contista e cronista em Rio Claro, São Paulo.
Contato:
debragafabiane1@gmail.com
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