domingo, 1 de outubro de 2023

DURVAL E LANA (3ª PARTE)

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)

Imediatamente, notei que Durval saiu bem cedo, ele estava realmente disposto a arrumar outro emprego. Não sei é efeito dos remédios, aliás foi diagnosticado com depressão. Aquietei-me e fiquei à espera de Durval.

Olhei para o relógio, era tarde da noite e nada de Durval chegar em casa. Preocupada, procurando-o desesperada, pelas ruas afora, e lá estava, sentado na rua com a cabeça baixa. Olhei em seu rosto, queimado do sol, enquanto lágrimas escorriam dos nossos rostos.

— O que aconteceu, querido? — Perguntei angustiada, pois eu estava muito preocupada.

— Preciso de um tempo, não estou bem meu amor! — Disse Durval olhando bem fundo em meus olhos! — E continuou — Quanto a Gael, não faltará nada para ele eu prometo.

Criei coragem, e fui embora cuidar do meu filho. Deixei Durval ali sentado na rua, orgulhoso, materialista e medíocre como sempre. Chegando em casa, fui direto ver Gael, tudo parecia bem. Calada, pensei:

— Se meu filho respira, o que mais posso querer da vida?

 

Fabiane Braga Lima, é poetisa, contista e cronista em Rio Claro, São Paulo.

Contato: debragafabiane1@gmail.com

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