Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Imediatamente, notei que Durval saiu bem cedo, ele estava realmente disposto a arrumar outro emprego. Não sei é efeito dos remédios, aliás foi diagnosticado com depressão. Aquietei-me e fiquei à espera de Durval.
Olhei para o relógio, era tarde da noite e nada de Durval chegar em casa. Preocupada, procurando-o desesperada, pelas ruas afora, e lá estava, sentado na rua com a cabeça baixa. Olhei em seu rosto, queimado do sol, enquanto lágrimas escorriam dos nossos rostos.
— O que aconteceu, querido? — Perguntei angustiada, pois eu estava muito preocupada.
— Preciso de um tempo, não estou bem meu amor! — Disse Durval olhando bem fundo em meus olhos! — E continuou — Quanto a Gael, não faltará nada para ele eu prometo.
Criei coragem, e fui embora cuidar do meu filho. Deixei Durval ali sentado na rua, orgulhoso, materialista e medíocre como sempre. Chegando em casa, fui direto ver Gael, tudo parecia bem. Calada, pensei:
— Se meu filho respira, o que
mais posso querer da vida?
Fabiane Braga Lima, é poetisa, contista e cronista em Rio Claro, São Paulo.
Contato:
debragafabiane1@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário