domingo, 6 de janeiro de 2013

CORDEL DO BIG BROTHER: AS BE$TAS DO BBB


O primeiro cordel que criticou o Big Brother em 2006.

Por Gustavo Dourado

Big Brother está no ar:
"Heróys" da tvilania...
A trapaça midiática:
Deseduca a cada dia...
Marketing do besteirol:
Roteiros da baixaria...

Milhões são arrecadados:
Publicitária vil loteria...
Bobalhões na passarela:
Novela sem fantasia...
Jogo de cartas marcadas:
Vampiragem sem poesia...

Big Brother é engano:
Midiocridade no ar...
Idiotice e baixaria:
O povo a alienar...
A tv oprime a massa:
Sempre a manipular...

Nádegas na passarela:
É o besteirol global...
Desprovidos de cultura:
Em processo canibal...
Buscam fama e dinheiro:
Comandados por Mial...

A mentira rola solta:
Tola competitividade...
Mostram a hipocrisia:
Pra toda sociedade...
Por alguns mil dólares:
Praticam a insanidade...

Palavras de baixo calão:
O suicídio cultural...
Só querem aparecer:
Na tv e no jornal...
Eta gente interesseira:
A bobeira é geral...

Pregam a insanidade:
Mau exemplo social...
Pior que telenovela:
Publicidade letal...
Con$umismo da imagem:
Corrupção hominal...

É um joguete da mídia:
De lucro comercial...
Os bobos ao telefone:
Escravidão digital...
A mando do Grande Irmão:
Que acumula o vil metal...

Loteria de milhões:
Bundões em evidência...
Decadente baixaria:
Em busca de audiência...
Programinha indecente:
Que está na repetência...

Fazem a philantropia:
Cassino da vadiagem...
Vendem a alma e a mãe:
No golpe da rapinagem...
BBB é excrescência:
Não passa de pilantragem...

A tv é mal usada:
Voz da criminalidade...
Só se mostra violência:
Baixeza...Futilidade...
Haja Sensacionalismo:
E falta de honestidade...

A notícia é corrompida:
A soldo da propaganda...
Os fatos são maquiados:
É o marketing que manda...
Debilidade excre.mental:
A bobagem que des manda...

Des governos compactuam:
Investem na malandragem...
Merchandising na tela:
Subliminar imagem...
Pelotões de idiotas:
Desfilam na sacanagem...

Degeneração do ser:
Efêmera decrepitude...
O culto da vaidade...
Destoa com a virtude...
Modismo...Politicagem:
Aética proselitude...

O problema é patológico:
Foge à normalidade...
Batalhões de andróides:
Ante a imbecilidade...
A doença tomou conta:
Desde o campo à cidade...

Fábrica de desilusões:
Ilude o telespectador...
Tapeiam o pensamento:
Financiam o desamor...
Buscam lucro e poder:
Na fantasia furtacor...

Trapaça...Competição:
Atuação desleal...
Culto ao objeto
Ao fetiche virtual...
É o caldo de cultura:
Dessa era digital...

Vitrine da estupidez:
Reflete a ignorância...
Vive-se a fugacidade:
Desvirtuam a infância...
+Ética na televisão:
Sem terror, medo e ânsia...

BBB vil alienante:
Desserviço à cultura...
Livros são proibidos:
Na tela da desventura...
Para que tanta besteira?!
Promovamos a leitura...

O Grande Irmão comanda:
Está tudo controlado...
Promovem a sacanagem:
Para o povo alienado...
O circo da midiocridade:
Coração manipulado...

Não assista Big Brother:
Desligue a televisão...
Leia um livro, ame:
Vá em outra direção...
Cultive a sabedoria:
Saia da alienação...

A poesia é proibida:
Não aparece na tela...
Só bebida e futebol:
Comercial e novela...
Desligue-se do BBB:
Olhe o céu...A vida e bela!...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

MINHA CELA, MINHA VIDA

Por Alamir Longo (RS)


O Supremo deu um basta
na majestosa pandilha,
que andava em matilha
se achando acima da lei,
protegida pelo " rei ",
ficava tudo em família!

Mas desabou o castelo
desses bandidos safados,
falo dos atolados
na lama do mensalão,
saqueadores da Nação
da vergonha deserdados!

Subestimaram a força
dos homens de capa preta,
que não usam baioneta
mas não temem camarilha,
pois desmontaram a quadrilha
Somente usando caneta.

Brilhante, Joaquim Barbosa,
Ministro de fundamento,
homem de conhecimento
e do mais notável saber,
não precisa nem dizer
que é o grande herói do momento.

Liderou toda uma equipe
com firmeza e maestria,
nessa nobre cirurgia
feita na quadrilha inteira,
pra estancar a roubalheira
que há muito se promovia.

Mas parte da nossa imprensa,
covarde, não fala nada... ,
pois vem de longe comprada
por verbas publicitárias,
propagandas milionárias
para se manter calada.

O que me tapa de nojo
nesse covil de falsários,
é ouvir os comentários
de bandidos condenados,
se dizendo "injustiçados:"
Mas que bando de ordinários!!!

Que a máfia não se preocupe
com a chuva, sol ou com vento,
pois não vai ficar ao relento...
sem casa, cama e comida,
pois ela será incluída
num eficiente programa,
que oficialmente se chama:
" MINHA CELA, MINHA VIDA! "

( Colaboração: Cláudio de Leão Lemieszek)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CORDEL DO ANO-NOVO


Por Gustavo Dourado

Festival do Ano-Novo:
Desde a antiguidade...
Na velha Mesopotâmia:
Foi grande festividade...
Nos meus tempos de criança:
Festejei a novidade...

2.000 a.C:
Começou o Festival...
Na antiga Babilônia:
Foi festa primordial...
Equinócio da primavera:
Lua Nova magistral...

Festejava-se em março:
Era festa de primeira...
O povo aproveitava:
Sacudia a pasmaceira...
Saudava o Sol nascente:
Depois da noite festeira...

A 23 de setembro:
Ano-Novo celebrado...
Pérsia, Assíria, Fenícia:
No Egito... Sol adorado...
Na Grécia em dezembro:
Era bem comemorado...

Na Roma antiga o festejo:
No mês de março era dado...
Depois passou a janeiro:
Por ser Jano cultuado...
Há muito tempo o Ano-Novo:
Pelo povo é celebrado...

Em 153 a.C:
O ano-novo romano...
A festa consolidou-se:
No calendário juliano...
Dia 1º de janeiro:
Calendar gregoriano...

Em 25 de Março:
Era o ano festejado...
Chegava a primavera:
No mundo do outro lado
Até 1º de Abril:
Novo ano cultuado...

Gregório XIII instituiu:
O 1º de Janeiro...
Hoje é comemorado:
No Ocidente inteiro...
Até mesmo no Oriente:
Já é ato costumeiro...

Mudou-se o calendário:
O povo festeja a mil...
Resquício da tradição:
O 1º de Abril...
É o Dia da Mentira:
Na Europa e no Brasil...

Na noite de São Silvestre:
O povo fica acordado...
Para a virada do ano;
É preciso estar ligado...
Nessa noite não se dorme:
É costume consagrado...

O Ano Novo chinês:
É móvel no calendário...
Em janeiro ou fevereiro:
Li no Perpétuo Lunário...
Luzes...Pirotecnia:
Fluem do vocabulário...

A 19 de março:
Do calendário atual...
Ano-Novo esotérico:
De cunho espiritual...
Resgata a tradição:
Do tempo imemorial...

Hégira... Rosh Hashaná:
Buda...Moisés...Maomé...
Cristo Jesus em Belém:
Menino de Nazaré...
Harmonia para Gaza:
Menos bomba, mais café...

Pé de porco e lentilha:
Gritar, correr e dançar...
Bombons, balas e doces:
Festejos a beira mar...
Oferendas para os santos:
Fogos explodem no ar...

Pra você tudo de bom:
Saúde...Felicidade...
Novo ano de harmonia:
Luz...Solidariedade...
Paz...Amor e Alegria:
Sucesso...Fraternidade...

Espantem os maus espíritos:
Chega de insanidade...
Viva-se a comunhão:
Basta à barbaridade...
É hora de união:
Paz, amor e liberdade...

Fogos e oferendas:
E gritos de alegria...
Chega de guerra e terror:
Fome, ódio, hipocrisia...
Paz e amor para todos:
Saúde e sabedoria...

Belos fogos de artifício,
Abraços e buzinada...
Sonhos e esperança:
Nossa alma renovada...
Pelo fim da violência:
Paz e amor na jornada...

Abrace, beije, comemore:
Faça a renovação...
Troque a roupa, lençois:
Alivie a tensão...
Sorria e se ilumine:
Faça uma boa ação...

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1:
A contagem regressiva...
Um adeus ao ano velho:
Viva a vida progressiva...
Sem guerras e atormentos:
Consciência reflexiva...

Um Ano-Novo de luz:
O novo sol vai brilhar...
Que tudo se concretize:
Possa tudo melhorar
Multiverse o dia-a-dia:
O novo ano vai raiar...

Acabaram-se as festas:
Volta-se à realidade...
A peleja do dia a dia:
No campo e na cidade...
Trabalhe com fantasia:
Na busca da eternidade...

Um novo ano desperta:
Vamos nos iluminar...
Cultivar a irmandade:
Humanidade a cantar...
Ser sol solidariedade:
Os sonhos multiversar...

Que o Ano-Novo ilumine:
Com paz e felicidade...
Que o mundo evolua:
E floresça a liberdade...
Que o Amor prevaleça:
E haja mais boa vontade...

Agora é pra valer:
2013 já vigora...
Saturno a nos guiar:
Na poesia que aflora...
Vamos todos navegar:
Pelos universos afora...

2012 dormiu:
2013 acordou...
Continuemos na luta:
Novo sonho despertou...
A musa renova o verso:
A poesia se transmutou...



REFLEXÃO PARA O NOVO ANO


Por Gustavo Dourado

Mais um ano que se finda:
Um novo ano que já vem...
Manter a cabeça erguida:
Não fazer mal a ninguém...

O perigo em cada esquina:
A luta que sempre continua...
Fazer o bem é o caminho:
Aqui, agora, em casa, na rua...

Trabalhar para mudar o mundo:
Sempre melhorar a sociedade...
Distribuir amor, paz, alegria:
Sem o lucro da infelicidade...

Respeitar a vida a natureza:
Não ferir o semelhante...
O que deseja a outrem:
A ti retornará logo adiante...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

REAÇÕES


Por Pedro Du Bois

Reajo em tempo
reajo ao relâmpago
reafirmo a crença em dias melhores
melhoro o espaço no espacejamento
da mensagem. Recupero o tempo
despedido em acenos. Na crueza
do tema descortino palavras
de tentativas. Revolto mares
sobre acostamentos e os inundo
em saudades. Religo a máquina
inocentada para manter intacta
a cena. Fica a imagem no reagir
ao relâmpago, ao refulgir
na crença o tempo reafirmado.

SOBRE ÁGUAS

Por Pedro Du Bois

Na água
fervente
ausente
resseco a terra
onde me instalo:

destruo no caminho
as margens e sobre
a linha
restante
resto
na água
gelada
da tormenta.

Na água restante
afogo pensamentos.


LER MUITO PODE SER UM MAL


Por Humberto Pinho da Silva (Vila Nova de Gaia, Portugal)

O célebre Bispo de Nova Iorque, Fulton Sheen, recomendava: “ Livros, revistas, jornais - são como inúmeras pessoas que encontramos nos carros elétricos, nos cinemas, nas feiras e nas festas mundanas. Como é evidentemente impossível travar relações com essa gente toda, procedemos a uma seleção.” -“ Os Problemas da Vida”
Se é mister selecionar amigos é, igualmente necessário, escolher na multidão que enxameia os escaparates do livreiro, obras que, pelo conteúdo e valor literário, servem para a formação, não só moral, mas também intelectual.
Muitas vezes o livro que agrada na juventude, não é apreciado em idade adulta. Gostos, interesses, alteram-se, consoante, idade, educação e desenvolvimento intelectual.
Nem sempre os mestres de literatura, pelo facto de o serem, devem ser lidos.
Platão, avisa na “República”- Livro lll:
“ Pediremos a Homero e aos outros poetas que não levem a mal que apaguemos estas passagens, e todas do mesmo género” - e explica a razão, - “ não porque lhes falte poesia e não soem aos ouvidos da maioria; mas quanto mais poética são menos convêm deixar que sejam ouvidas por crianças e homens.”
O bom escritor, pode ser mau conselheiro. Ninguém se encontra imune. Não é verdade que Cervantes declara que Don Quixote, por ler muitos livros de cavalaria “ se enfracó tanto en su lectura, que se le pasabom las noches leyendo de claro en claro, y los dias de turbio em turbio.”
“Del poco dormir y del mucho leer se le secó el cerebro de manera que vino a perder el juicio.”
Perderam, também, o juízo, os pais, que inadvertidamente, metem nas mãos dos filhos, livros malsãos, por estarem na moda e terem sido premiados, sabe Deus como, e porquê.
É que o livro tanto pode perturbar a mente, como modificar o carácter. Santo Agostinho, após ler obra de Cícero, converteu-se ao cristianismo ao analisar textos de S. Paulo.
Há livros que elevam. Há livros que podem ser manuseados desde a infância. Há livros que formam e informam; e há livros que melhor fora não terem saído do prelo.
Durante anos, meu pai, que era jornalista, foi adquirindo imensa biblioteca, livros que, segundo confessava, raras vezes os lia.
Comprara-os, seduzido pelo nome do autor e opinião da crítica.

No andar dos anos, amadureceu. Escolheu na “floresta”, duas dúzias de “ amigos mudos”, como dizia Padre Manuel Bernardes, e lia-os e relia-os; e sempre que os abria, encontrava, segundo afirmava, pensamentos, frases, pareceres, que lhe tinham escapado.
Peneirar o trigo da ervilhaca, limpar o grão que vai para a eira, não é fácil; por isso é que professor responsável ou sacerdote culto, pelo menos na adolescência, devem ser consultados, se não se quiser andar à deriva, comprando obras, que em vez de instruírem e formarem, pervertem a alma e cavam perniciosas marcas, que podem durar uma vida.