Revista literária virtual de divulgação de escritores, poetas e amantes das letras e artes. Editor: Paccelli José Maracci Zahler Todas as opiniões aqui expressas são de responsabilidade dos autores. Aceitam-se colaborações. Contato: cerrado.cultural@gmail.com
domingo, 1 de novembro de 2020
O MEU CUSCO FUMAÇA
O João Figueiredo era uma dessas pessoas marcantes, que
ficaram sepultadas nas necessidades que o mundo tem de evoluir, e com isso
termina apagando da face da terra algumas atividades, antes tão importantes,
que, hoje, só servem pelo valor histórico, assim como as tantas figuras humanas,
que ajudaram a escrever essa história, a ponta de casco e com um par de rédeas
na mão.
Mascate conhecedor dos quatro cantos do Rio Grande de
Deus, sempre acolherando a campanha e a cidade no rasto de uma carroça velha,
“muy” bem cuidada e quinchada de santa fé, e uma parelha de tordilhos, que
gostava como se fossem gente. Estampa de cavalos, benza Deus.
Eu era, na época, um guri já “taludito”, quando numa
passada lá pelo rancho, me deixou de regalo um cusquinho fumaça, lhe falo uma pintura
de cachorro, o pelo assim quase cor de barba-de-mato, tareco, unha perdida e
cola aparada. Me lembro até hoje.
Botei o nome de Respeito, parecia até adivinhar que ia
mesmo ser um cachorro de respeito, o melhor tatuzeiro, que as margens do
Camaquã já viram, isso desde que era uma nascentezinha lá pelas imediações de
Lavras do Sul, até o imponente rio que cruza por Santaninha e vai se alargando
até a Lagoa dos Patos. Meu cachorro achava tatu até onde não tinha, e depois de
dar no rasto, nem escondido embaixo de um pelego escapava.
“Digo, embaixo de um pelego por que vem da ovelha e
ovelha o meu cachorro não pegava”.
Bueno, p´ra lhes
encurtar o causo, caçava até solito, pois todas as manhãs eu encontrava, no
mínimo, dois tatus na porta da cozinha trazidos pelo cachorro, e digo mais, se
deixasse, destripava e arrancava os pêlos da barriga com os dentes, um por um e
me entregava o bicho limpinho até das “frussuras”. E digo, ainda, mais, só
caçava “tatu macho deixando as tatuas” para “tirar cria”.
Bueno, pra lhe
encurtar mais um pouco o causo, a fama do meu cachorro cresceu tanto, que
começou a aparecer gente de tudo quanto é canto do mundo, com cachorro de tudo
que é pelo e raça, querendo derrubar a sua fama, que ao contrário só aumentava.
- Não havia cachorro
melhor que o meu... Nem igual. Com muito boa vontade, posso acreditar que
haveria algum parecido.
Mas como se sabe,
a vida, às vezes, nos dá algum tironaço que nos larga tastaveando e eu nem
gosto de me lembrar do que aconteceu com o meu cachorro, triste sina de um animal
que dá a vida pela gente, e por um desaforo do destino e a vaidade do ser
humano, faz com que venha a ter um arremate tão trágico.
Pois, foi me
aparecer certo dia por lá o tal Lautério, um mulato mais conhecido na região de
Bagé e Pelotas, por “Diabo Preto” pois, diziam até que era índio de meia dúzia
de mortes, e a cara não negava, pois trazia um risco de faca, desd’a ponta do
olho direito até abaixo do queixo, além de ser desses viventes que sempre olham
meio de “enviazo” pra gente. Junto do cuera troteava um cachorro osco, quase
tão feio quanto o dono e só a boca do bicho media mais de palmo.
O índio tirando uma carneadeira da cintura, cravou no
chão e me assuntou. “Se meu cachorro perdê sangra ele, mas se ganhá, eu sangro
teu guaipeca de orelha a orelha pra não botá cria ruim”.
Pensei em refugar a parada, afinal estava em jogo a vida
do meu cachorro, mas o cusquito deu um grunhido e abanou o toco de rabo, como
se dissesse , “EU ME GARANTO”.
Parece até mentira, mas o meu cachorro só não falava.
Até falava ao seu jeito, eu é que não entendia tudo o que tentava me dizer.
É como se fosse ontem, tenho nas retinas cada cena e
cada fato guardado. Lembro que tinha sido uma noite de surpresa, meio garuosa e
se espalhavam pela volta do rancho os rastos da cavalhada, tocos dos palheiro,
e até algum taco de bota, perdido decerto n´alguma vaneira mais largada.
Foi quando, largou o cachorro osco e dando uma cuspida
no chão, “rosnou”.
-“Quando secá teje de vorta”
E esteve mesmo, não deu nem cinqüenta passos, deu um
latido num pé de gravatá, e de lá saiu com um mulitinho atravessado na boca.
Parecia um “camundongo”, não sei se de tão pequeno que era, ou pelo tamanho da
boca do cachorro, mas afinal que remédio. Há quem diga que petiço é cavalo e garnizé
é galo, de sorte que “mulito” deve ser tatu.
Bueno, eu fiquei, remoendo meus pensamentos, sabia que
meu cachorro era bom, sabia que era o melhor, mas também sabia que não fazia
milagres de sorte que era forte candidato a bicho morto.
Tentei apelar p´ros sentimentos do cuera, o que já de
antemão sabia não ter e que me olhando com cara de deboche rosnou, TRATO É
TRATO.
- Eu nem tinha feito trato algum, apenas não discordara
do que o vivente dissera.
Larguei meu cachorro que andou quatro ou cinco passos,
mijou num pé de carqueja, e depois farejou N´um canteiro de mal- me- quer,
trazendo dali atravessada na boca uma garrafa de canha, decerto esquecida por
algum índio que se passara nos tragos, na noite anterior durante, a dançarola.
Largou a garrafa nos meus pés e ficou abanando o toco de
rabo, com a cara mais satisfeita, que cuiudo solto no meio de um “lote” de potrancas.
O desafiante deu uma risada que mais pareceu um rugido e
sem uma careta pegou a carneadeira e sangrou o meu cachorro.
Confesso que apesar de ser um guri, tive ganas de fazer
o mesmo com o desgraçado, mas como “TRATO É TRATO”, engoli a minha raiva, botei
o cusquinho no ombro e passando a mão numas ferramentas, fui enterrar lá
embaixo das laranjeiras.
Pelo menos isso, eu tinha de fazer pelo meu cachorro.
Fui cavando... cavando, e já ia com meio corpo pra
dentro da cova, quando um de meus pés se afundou na terra fofa, e fui quase
pisar numa ninhada de treze “tatuazinhas”, recém abrindo os olhos, que na
“Santa Paz de Deus”, mamavam n´uma “tatua” velha que dera cria ali a beira do
rancho, por certo sabendo que sendo fêmeas, do cachorro estavam livres.
A gente não entende os bichos, mas eles se entendem. E
até nos entendem, quando não lhes fazemos mal.
Voltando pro rancho com a pá no ombro... com “argueiros”
nos olhos, vi que, ainda estava ali a bendita garrafa de canha trazida pelo
cusco, e olhando com mais atenção... ERA UMA TATUZINHO.
ALGUMAS CURIOSIDADES
ALGUMAS
CURIOSIDADES
Bom tema
para momentos das grandes paixões e intolerâncias no século XXI no Brasil?
Von Steisloff
2014
Sempre tive uma compulsão pelo
estudo de História. Na realidade talvez, por ter nascido em São João del Rei -
Minas Gerais, sempre me fascinou o conhecimento dos detalhes das ocorrências da
Inconfidência Mineira e o sacrifício do meu conterrâneo J. J. Xavier, o
Tiradentes. Tempos desses, na verdade há anos, li três romances mediúnicos. Um
primeiro intitulado A MOÇA DA ILHA, um segundo, mais moderno, CONFIDÊNCIAS DE
UM INCONFIDENTE e um terceiro, DE MÁRIO A TIRADENTES. Todos romances ditados pelo espírito do poeta
Thomaz Antônio Gonzaga para a médium
Marilusa Moreira de Vasconcellos. NOTA 1: será que alguém sabe que Thomaz
Antônio Gonzaga planejava libertar de Portugal o Brazil (ainda com Z) e ser
escolhido como presidente de um regime republicano? NOTA 2: interrompo - por
momentos - esta crônica porque acabo de receber, por telefone, a notícia (será
verdadeira?!) da morte do doleiro Youssef por envenenamento por substância
organo-fosforada! Quem foi nas
sucessivas reencarnações esse delator Youssef? NOTA 3: depois retornarei para continuar
com os comentários sobre a Inconfidência
Mineira e a sucessão de poder no nosso Brasil...
Retorno à crônica hoje – 27/10/2014
– após a apuração das eleições de ontem. Depois de ter lido os citados romances
mediúnicos trazidos à luz pela médium Marilusa Moreira fiquei, impressionado
com as revelações feitas por Thomaz Antônio Gonzaga. Este era, em 119 a. C um
importante romano de nome Sextílio. MARÍLIA (de DIRCEU) era Marta. O
terrível e cruel centurião romano era Caio Mário (Tiradentes!) e o cidadão
romano Sila era Aleijadinho. Ainda àquela época, Geminio de Terracina (Maria I, a Rainha
Louca!) Naquele século já conviviam em conflitos e confabulavam pelo poder sendo alguns até
inimigos ou amantes.
No século I d.C Thomaz é novamente o cidadão romano Artur,
Marília é Mariita. Tiradentes é o temível militar Glauco, Maria Louca é
importante dama Terência e Aleijadinho é o cruel centurião Lúcius.
Nos anos 1227-1241, CAIO
MARIO (Tiradentes) reencarnaria como o papa Gregório IX ! Aquele papa foi o
crudelíssimo mentor da Inquisição!!
Nos anos 1700, em Minas Gerais – no
Brazil Colônia – ressurgiriam como poeta
Thomaz Antônio Gonzaga, Marília (o grande amor impossível de Gonzaga) Maria I,
a Louca, era rainha de Portugal e Aleijadinho um artista importante, líder
maçom amigo e protetor de Thomaz e Marília (Marília de Dirceu)
Depois de ler os três alentados
romances ficaram-me questões instigantes: nessa trama milenar quem seria (desde
o 119 a.C ) Tancredo Neves ? NOTA 4: em
um dos romances ditados pelo espírito de T. A Gonzaga cita-se a preocupação com
as “entidades” que manipulava acabar com a vida do Tancredo Neves que morreria
antes de tomar posse (seria Tancredo a reencarnação de Thomaz?) Quem seria Luiz
Arrais nos séculos passados? Que circunstâncias e quem manipulou o acidente
matando o neto Eduardo Campos?
O Aleijadinho, através de sua
influência na Maçonaria, facilitou a viagem secreta de Marília até Moçambique
para encontrar com o seu amor de milênios –Thomaz Antônio Gonzaga – degredado e
já casado na África. Mesmo assim, triste e decepcionada, ela retornou grávida de Thomaz, para Minas
Gerais. Quem seria aquela criança nascida em
Minas Gerais? Quem é Aécio Neves da Cunha? Quem foi no passado distante
o atual doleiro Youssef? Quem é a reencarnação atual de Maria I de Portugal?
Por que ela, a Rainha Louca, mandou enforcar só o Tiradentes? Um ódio remoto?
Será que ele (Tiradentes) escapou mesmo da forca? Ora, os espíritos não morrem! Surgem e
ressurgem através dos tempos em busca dos seus aperfeiçoamentos, resgates e
ideais. Como surge uma pobre e humilde seringueira de nome Marina Silva, entra na história e quase balança o coreto do
poder, apoiando um candidato pernambucano que morre de acidente e Marina Silva
depois apoia outro candidato concorrente
das Minas Gerais? Quem seria essa mulher? Quem foi, nesses milênios
todos, o indecifrável Luiz Inácio Lula
da Silva? Por que o Lula, mesmo apedeuta, é tão ousado,
falastrão idolatrado e, ao mesmo tempo, tão odiado? Confuso, não é
mesmo?
Se os leitores dispuserem da mente
aberta, as mesmas disposições e curiosidades deste cronista, podem buscar ler os três livros (raros)
buscando no site do Mercado Livre, pela Internet. Primeiro ler A MOÇA DA ILHA e só depois CONFIDÊNCIAS DE UM
INCONFIDENTE e, em seguida, DE MÁRIO A TIRADENTES. Boa sorte e divirtam-se.
Leitura é cultura...
NOTA 5: quem é este cronista? Por
que tanto interesse na Inconfidência Mineira? Por que ele foi nascer em São
João del Rei, Minas Gerais, filho de uma paupérrima tecelã, já viúva, como neto, bisneto e trineto dos imigrantes de
1858, os alemães Steisloff?
Bibliografia
Mediúnica - Romances
A MOÇA DA ILHA– Autora Marilusa
Moreira Vasconcellos. Ditado pelo espírito de Thomaz Antônio Gonzaga
(Século I d.C)
CONFIDÊNCIAS DE UM
INCONFIDENTE–Autora Marilusa Moreira Vasconcellos. Ditado pelo espírito de
Thomaz Antônio Gonzaga (Século XVIII)
DE MÁRIO A TIRADENTES– Autora
Marilusa Moreira Vasconcellos. Ditado pelo espírito de Thomaz Antônio Gonzaga
(Século CXIX a. C.)
EFEMÉRIDE
EFEMÉRIDE
Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)
Na efeméride o fundo falso afasta
o sentido da insegurança
o féretro sai do corpo
principal
fechando a porta da
capela: orada
onde em imagens sou
sacralizado
o infausto gesto é a briga
de abrigadas desavenças
no obrigatório fundo
falso: inconsentido
no cadafalso cabem
penúltimas
razões: a efeméride se
completa
em lapsos.
RESPOSTAS
RESPOSTAS
Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú,SC)
Alguma vez tive a soberba
de dizer: eu sei a resposta
(a resposta ia longe de mim)
estraguei meu dia
com a resposta
errada
(encerrei a soberba na caixa
lacrada aos pósteros)
outra vez quase repeti
como correta a bobagem ouvida
na passagem entre canais
(senti a soberba forçar o lacre
da caixa: sussurros e
lamentos)
hoje falo sobre o nada com a humildade
inerente – ou falsa – aos pedintes
(a soberba conservo fechada
na caixa: por livre
vontade).
OS GRITOS DE SUELEN (PARTE 1)
Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Suelen tinha 8 filhos, era mãe solteira, cuidava muito bem de seus filhos, apesar do pouco que tinham. Moravam distante de tudo e todos. Como a maioria das mães, tirava de sua boca para dar aos filhos, só que quase não tinham o que comer. Esquecido por todos, moravam num barraco de madeira, construído há tempos, no qual a madeira estava podre. Comiam pouco, pois não havia alimento, e o pouco que tinham eram restos que Suelen pegava em feiras, ou saco de lixo, noite afora pelas ruas.
Cada grito de Suelen, era um filho que falecia em seus braços. As crianças encontravam-se desnutridas, pois além de alimento faltavam lhes água. No quintal de sua casa, Suelen fazia uma cruz, onde era enterrado cada filho dado como morto. Em época de eleição, achavam Suelen, filmavam seu barraco, e doavam alimento.
Quando acabava a eleição, não a procuravam. Muito jovem, mãe solteira, mestiça, havia preconceito, era dada como preguiçosa, ou puritana! Mais um grito de Suelen, um filho morto pela fome! Eram marcados pelo sangue, dos malditos sanguinários...os políticos!
A política do país, a idolatria de muitos e o preconceito de ser mãe solteira, mestiça, esquecida por muitos! Mais um grito de Suelen um filho(a)...um filho morto. Filhos esquecidos, marcados pelo sangue da politicagem do nosso país...!
GRITOS EM VERSOS E PROSAS
Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)
Dentro de mim existe uma vastidão
de emoções, sentimentos! Há um grito por dentro que calou minha alma, para
buscar algo que na verdade nunca encontrei. Enfim, pensei: —Vou apenas
escrever! Então, compus amores que nunca vivi, fiz amigos autênticos, nos quais
amei!
Na minha inquietude, sonhei,
chorei, sempre buscando, me ausentei. Nas minhas árduas madrugadas, escrevi
compulsivamente. E, os sentimentos se acumularam, foi onde exagerei… Amo
poesia! Mas não passo de fragmentos poéticos! Busco com a alma em silêncio,
algo que ainda, não encontrei, tudo tão complexo…
Jamais me afastei, sou feita de amor, de sonhos! Mas na verdade, nunca me reencontrei. Minha única certeza, é que sempre amarei, nunca deixarei de sonhar e versar...!
IDIOSSINCRASIAS
Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Entre marafundas e badernas
Entre feiras-livres e mafuás
No novo-mundo
Ser eu o teu ledo negro sol
Da meia noite
Nas infinitas sintécticas empatias
Ser eu o teu cosmo infindo
Nas sombras da pós-modernidade
Fluída
***
No singrar lânguido e lento
No nosso imaginativo
Mar de tranquilidade
Trago-te
segura junto a mim
***
Mas ousamos negra ninfa
Dos bosques encantados
Sentarmos complacentemente
Nós dois ladeados
Irmanados em negras dores
Na sombra
de uma jabuticabeira
***
Entre as estrondosas marafundas
E as balbuciantes badernas
No novo-mundo
Ser eu o teu dourado sol
Da meia noite
Ser o teu tudo
Nas infinitas empatias abstratas
Nas sombras
pós-modernidade
INFLEXÕES (UM SALTO NO HIPER-TEXTO)
Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)
Eu não avaliei bem
A nossa controversa relação
Na sombra do tempo vívido
Em que vivemos
Pois tu vieste em desespero
À minha procura
Em uma perdida hora
Acusar-me de fazer coisas
Que eu não fiz
Acusar-me de disser coisas
Que eu nunca disse
***
Eu não avaliei bem
Os meus etéreos sentimentos
Abissais por ti
Pois tu celeste poetisa suspensa no ar
Vieste me procurar no
ontem
Tarde da noite
Em uma absurda hora
Propor-me fazer coisas
Que eu não acredito serem certas
***
Eu não avaliei bem
As rimas e as métricas
Das prosas poéticas neo-clássicas
Das nossas vidas em belas-letras
Pois ainda no ontem
Tarde da noite
Viestes a minha procura
Com as tuas negras vestes
Propor um salto no hiper-texto
Uma fuga da realidade fluída
COTIDIANO
Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)
São os móveis
no mesmo lugar
as flores vermelhas
no quintal
e a vida a passar.
Retratos na parede,
ausência que
traz saudades
e o perfume
que se foi com ela.
O tempo é feito
menino
nem sequer olha
pra trás.
Ou eu vou com ele
Ou eu fico sem rumo.