sexta-feira, 1 de maio de 2020

ENEIDA (videoclipe)

Letra, montagem e edição: Paccelli José Maracci Zahler
Composição musical e interpretação: Anand Rao

CORDEL PARA CHICO BUARQUE DE HOLLANDA


Homenagem a Chico Buarque de Hollanda:
Francisco Buarque do Brasil 
Por Gustavo Dourado (ATL, Taguatinga, DF)

Francisco Buarque de Hollanda
Arquitextura da canção
Poetartista - compositor
Banda em transe mutação
Mestre de obra da alquimia
Infinieterna em Construção

Rimas proparoxítonas
Romances, dramaturgia
São muitos anos de prosa
Mais de 50 de poesia
Dezenas de álbuns gravados
Em sua eterna romaria

Chico é Prêmio Camões
Destaque como escritor
Navega os sete mares
Brota a poesia em flor
Encanta seus multiversos
Com a verve de cantador 

Soma-se a Jorge Amado
A Saramago e Gullar
A João Ubaldo Ribeiro
E ao Raduan Nassar
A Lygia, Sophia, Rachel
E João Cabral no além-mar

Prêmio pelo conjunto da obra
Não se chora O Leite Derramado
Um Estorvo em Budapeste 
Chapeuzinho amarelo com Ziraldo
Fazenda modelo, Tantas palavras 
Cai  uma "Gota d'água" no cerrado

O romance Benjamin
Livro O Irmão Alemão
Sérgio Buarque de Hollanda
Nas raízes da canção
Com Miúcha e João Gilberto
Tom, Vinícius e Jamelão

"A bordo de Rui Barbosa"
Com a poesia em ação
Amor trágico que maltrata
Que machuca o coração
Des amor e desencanto
No descompasso da canção

Chico reluz em Roda Viva
Solar, discreto e coerente
Revoluzcionário da gema
Poeta é tansascendente
Quem te viu, quem te verde
Francisco, nos oriente

Haja Chico Para Todos(as):
Romancista - Escritor
Tem a verve de Noel
E a alma de pensador
Bossa - Samba - Carnaval
Artista: transforma - a - dor  

Chico puro bombom a gosto
Balada fina da bossamba
Quintessência da poiesis
Francisco é nosso bamba
Gera, pare, cria, inventa
Para o povo cair no samba

Bebe-se o Cálice da Arte
Em Canção Desnaturada
Sorver o mel em Gota Dágua
Na Taça da Madrugada
Lá no Morro Dois Irmãos
Fazer Vigília à Luamada

Futuros Amantes sonham
Em viver um grande amor
Beatriz, Joana francesa
O mundo desmancha em flor
A foto da capa - Pedro pedreiro
Voa Sabiá, voa...Acorda, amor

“Banda” e “Eu te amo”
E “Piano na Mangueira”
“Olha, Maria” “Imagina”
“Pois é” e “A violeira”  
“Anos dourados” se foram
Saudade, a vida inteira   

Vai Passar... Chi. Já Passou
Chame, não chame o ladrão
Guri - Pivete; Assentamento
Seres Levantados do Chão
Jorge Maravilha - Geni - Calabar
Que não se censure a criação

Yolanda com Pablo Milanez
Cuba em sua canção
Brasil, América, poesia
Os ecos da revolução
Guevara e sua ternura
Francisco em composição

Não esquecer Paulo Pontes
Em sua eterna parceria
Wilson das Neves e Cantuária
À  noite e na luz do dia
Dueto com Mart'nália
Musical em sinfonia

MPB-4 nos festivais
Dori Caymmi na harmonia
Dominguinhos no baião
Com Chico na alegoria
Desalento com Vinícius
O samba com diplomacia

Chico Buarque pelo mundo
No coração do Brasil
Carlos Lyra e Sivuca 
Djavan, Gilberto Gil
Dias Gomes da Bahia
Lampião com seu fuzil

Cristovão Bastos, Wisnik 
João Bosco e João Donato, 
Jorge Hélder e Fagner
Chico em autoretrato
Guinga e Ivan Lins
Musical de alto trato

Pedro Pedreiro na obra
Chico em boa sintonia
Lembrar Geraldo Pereira
Pixinguinha em sinfonia
Chico em prosa e verso
A arte em pura magia

Chico desencanta AumBanda
Primeiro Encontro, afinal
Tem Mais Samba Lá no Morro
Sonho de um Carnaval
Meu Caro Amigo, cale-se
Beba-se o Cálice do Graal

Samba choro, marcha rancho
Bossa nova pantropical
Rosa, Noel, Pixinguinha:
Lalamartine seminal
Ismael Silva...Braguinha
Sorver Chico ao natural

Teatro, óperas  e trilhas
Via da universalidade
Sem esquecer Elis Regina
Na senda da multiplicicade
Chico com a sapiência
Prima pela qualidade

Ontem sonhei com Noel
Lá na Vila, sim, senhor 
De repente, era o Chico
Médico, louco, cura-a-dor
Lá na senda, Noel Rosa
Ressurecto encantador  

Os Encantos da Mangueira
Os ritmos de um violão
Chico na voz da poesia
Nos ecos de Jamelão
Lá na Estação Primeira
Na dianteira a estação  

Humanista e solidário
Não quer seu povo cativo
Desafiou a ditadura
Sempre crítico - proativo
Simbólico, zen, recatado
Equilibrado e combativo

Retrato em Branco e Preto  
Salve Chico, trovator
Vem Cartola, Clementina
Donga, Moreira, Senhor
Francisco Buarque de Holanda
É Chico, nas asas do Amor

D. JOÃO CÂMARA, UM HOMEM BOM






Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
  


Para mim, escrever sobre D. João da Camara, é um prazer; e minha alma inunda-se de rejubilada alegria, porque era simples e humilde, como os mais humildes.
Dele, contam-se comoventes e curiosos episódios de extrema bondade. Gabriela Castelo Branco, ao entrevistar Dona Maria de Jesus, filha do dramaturgo, e sua mãe, Dona Eugenia de Melo Breyner da Camara, in: “ Diário de Lisboa”, de 12/02/1943, asseverou emocionada: Escutei da boca da filha do escritor, generosos gestos, do pai, de grande ternura. D. João da Camara era descendente dos Lafões e Ribeira Grande, cujas raízes, mergulham no conhecido navegador, João Gonçalves Zarco, e de célebres figuras da nossa história, como: D. Francisco de Almeida, Marquês de Alorna, D. Nuno Alvares Pereira, e até do Santo Duque de Gandia – S. Francisco de Borja.
D. João da Camara, além da atividade teatral, era escritor e cronista assíduo, da: “ Gazeta de Notícias” e “Correio da Manhã”, ambos do Rio de Janeiro; e articulista do: “Ocidente” – revista lisboeta, – que lhe deu reputação e prestigio.
Mas, quiçá, a faceta menos conhecida e merecedora de mais ser lembrada, foi a enorme bondade.
Conta, Dona Maria Emília, sua neta, que certa vez, condoído da procissão de pedinte, tirou “ dos seus ombros o único capote que tinha, para o pôr nas costas de um pobre.”
E Júlio Dantes – in: “Ilustração Portuguesa”, de 6/01/1908, – lembra: em frigidíssima noite, enquanto aguardava o elétrico, que o levaria a casa, deparou com mulher mal enroupada: “ Chama a preta, deu-lhe o tostão – toda a riqueza naquela noite, – resignadamente, docemente, num sorriso tranquilo, levantou a pala do casaco, arregaçou as calças e meteu-se à chuva, a pé, a caminho da Junqueira.”
Certa vez, narra agora, Adriano Xavier Cordeiro, no: “Almanaque das Lembranças”, de 1909: ficou retido no quarto. Um dos filhos, estranhou. Interrogado o motivo, respondeu: que rapaz conhecido, fora de manhã, solicitar-lhe calçado decente. Para acudir, cedeu-lhe as botas.
E, quando o filho, replicou: por que entregara as novas, que não usava, por serem apertadas? Atalhou, encolhido:
- “ Pois sim; mas ele tem o meu pé! …”
Certa ocasião, o jure do Conservatório, formado por Eduardo Shwalbach, D João da Camara, Júlio Dantas, Carlos Malheiro Dias, Henrique Lopes Mendonça, Maximiliano de Azevedo, examinava os candidatos.
Apareceu, perante os jurados, menina pálida de pavor, de vestidinho sóbrio, que mal balbuciava palavra, tão pesado era o medo, que a tomara.
Bem insistia Schwalbach, para declamar poema, mas a menina – Maria Matos, – balanceava nervosamente a saia, e de cabeça inclinada de pejo, murmurou:
- “ Não sei…Nunca recitei…”
Abriu-se largo silencio. Entreolharam-se os examinadores.
No vão da janela, encontrava-se D. João da Camara. Voltou-se. De sorriso bom e franco, abeirou-se de Maria Matos, e em voz amiga, sussurrou-lhe:
- “ Diga a Avé-Maria…”
Ganhando ânimo, a menina empertigou-se, e recitou, docemente, tão compenetrada, que os presentes, em uníssono, declararam:
- “ Estás admitida! …”
Não é, portanto, de admirar, que Maria Matos – atriz de reconhecido mérito, – sempre que era assaltada pela tristeza ou sério problema angustiante, abeirava-se do jazigo, do dramaturgo, e “dialogava”, pedindo-lhe conselhos.
Quem o diz, é Dona Emília da Camara Almeida Garrett, em missiva endereçada de Castelo Branco – 28/06/1910. Carta que minha querida amiga a Senhora Dona Maria Eugenia da Camara Rebello de Andrade, neta do escritor, teve a gentileza de ma mostrar.
Seis dias depois de D. João da Camara completar 55 anos, falecia no quarto contíguo em que nascera. Antes porém, despediu-se de todos, rogando que o não chorassem; e cerrando as pálpebras, rezou o Pai-Nosso, e para sempre dormiu…
Foram estas as últimas palavras, segundo o filho José:
- “ Quero morrer bem com Deus e com todos os meus amigos. Digam-lhes: que a todos muito quis, e desejo-lhes felicidade. Sempre fui muito religioso e espero que vocês o sejam; e nunca tenham a cobardia de o não confessar bem alto. O homem, que não acredita em Deus, não pode ser um bom amigo. Quero, também, que mandem dizer para o Brasil, que morri com todos os sacramentos da Igreja, e que sempre fui religioso.”
Termino com palavras de Fialho de Almeida, escritas em:” Figuras de Destaque”:
“ Este que caiu hoje, era um dos cinco ou seis, que ainda em Portugal, mereciam o nome de homem de letras e de artistas.

TROCAS


Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)


Além do instante
o trapiche
o barco
a vida dividida
em terra
e água

saber do encontro
entre a chegada
a criação 
e a saída

a troca pela afirmação
do corpo na perseguição
das distâncias
e a ânsia
com que procuro
me  abrigar ao contato.

LUGAR


Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

No lugar delimitado
das escavações
reduz a pó
o nada
encontrado

sagrado lugar
desabitado
por milênios

faz a sua casa
e senta na varanda
ao entardecer

a paisagem
destrava as portas
e pela abertura
antevê o restante.


TEMPO SOMBRIO

Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)

O que são as lágrimas
Diante de uma cratera negra
Que se tornou o meu amor?
Brindo a morte com risos
Do que restou;
A carta de amor eu já rasguei
Não tem mais sentido;
Já sequei as lágrimas;
Não me pergunte por quem;
Viro a página;
Vou dormir
Só me acorde quando tiver
Algo novo;
Ah não me venha com flores
Nem palavras doces;
Em mim só o amargo;
Parei de acreditar;
Que venha a realidade,
Estou pronta para mais uma batalha.

COMO ESCONDER!?

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)

Te venero, pois minhas lágrimas
Não cessam por ti...
Escrevo meus versos tentando
Chamar tua atenção, ilusão…
***
Te sinto, às vezes acho destino
Fico em silêncio, mais a dor
Aumenta há cada minuto…
***
Preciso sentir teu abraço p’ra me
Sentir protegida….
***
Até quando viverei, com um amor,
Que me fortalece tanto,
Mas mata-me em minutos!
***
Não posso mais, fingir que não
Te amo… que não te quero...
***
Eu me rendo!
Já não consigo viver sem ti…!

NOBRE SENHORA

Por Vivaldo Terres (Itajaí, SC)

Oh minha jovem senhora
Mulher de grande valor,
Em tua alma tens paz
No coração tens amor.
***
Este amor puro e sagrado
Que Cristo nos ensinou,
Este amor que se fez luz
E a treva dissipou.
***
És uma filha de Deus,
Do Deus puro e verdadeiro,
Este pai que deu seu filho,
Para salvar o mundo inteiro.
***
Este filho foi Jesus,
O grande mestre e senhor,
Que na cruz jorrou seu sangue,
Pra salvar o pecador.
***
Às vezes nas tuas lutas,
Pensas estar enfraquecida,
Mas isso é coisa normal,
Faz parte da nossa vida.
***
Portanto nunca te esqueça,
Que és uma grande mulher,
E quem tem Jesus como mestre,
Jamais vai perder a fé.

NÃO! EU NÃO PLANTEI FLORES!

Por Samuel da Costa (Itajaí, SC)

Eu não plantei flores
E nunca vou planta-las
Para não vê-las morrerem
Abruptamente
Pisoteadas cruelmente
Pelas botas asseadas
E lustradas
Dos soldados desumanizados
E fortemente armados
Que em descompassados
E uniformizados
Passam em marcha
***
Não! Eu não vou semear
Flores algumas
Para não vê-las
Serem arrancadas tiranicamente
Da floresta negra em chamas
Pelas mãos inumanas
Para suprir um mercado em fúria
Para serem vendidas
A posteriori
Em um mercadejo qualquer
***
Não! Eu não vou plantar flores
Para não me desumanizar
Em demasiado
Para não ter que leva-las
No campo-santo
Em homenagem sepulcral
Para aqueles que partiram
Para o além vida
E nunca mais voltarão


A VIDA É CHEIA DE FASES

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)

Eu, vejo-me hoje sobre a brisa
De um vento… livre!
Libertei-me de tantos (eu)
***
Senti a alma cheia, um amor
Diferente! De amor próprio!
Algo tão espiritual...
***
Não quero viver de momentos!
Momentos são passageiros,
Valorizo o amor duradouro,
Vivo a intensidade do amor......
***
Sabedoria não é saber tudo,
Mas, saber o que nunca se
Sabe o suficiente… sempre!
***
Ser feliz é uma meta que traçamos,
Um dia após o outro... a vida ensina!
***
Saber que nossos medos nos tornam,
Mais valentes, nos enriquece!
Não tem explicação, é um caminho!
***
O que somos hoje, e o que seremos...
Amanhã depende de nossos...
Pensamentos…!
 Somos aquilo que pensamos


SEMPRE O AMOR...

Por Fabiane Braga Lima (Rio Claro, SP)

Para onde vou com tanta tristeza!?
Somente à beira de um penhasco!
***
E, onde deposito esta alegria!?
No coração limpo, nunca incauto!
***
Como traduzir-me!?
Pobre de minha alma, ao lidar
com vários eu….se aprisionou!
***
Minha mente, fadigada e sonhadora,
Se reencontra, sempre no silêncio....
E, vendo-me um ser repugnante,
convicta, consegui resignar...aceitar!
***
Joguei-me aos extremos, para
viver apenas de amor, tirei o ódio
Tirei toda vastidão de sentimentos ruins!
Pois no silêncio reencontro-me….
***
Sigo convicta, de que o amor,
sempre será preciso, e o resto
impreciso…
***
Como traduzir-me?
Desvairada, rude, morosa, inconstante,
Mas o amor sempre sobre minha essência...!
 Amor sempre


LUIZ FELIPE FALCÃO


LUIZ FELIPE FALCÃO

Diário da Pandemia – dia 29
14.04.2020 – Terça-feira – Por Urda Alice Klueger (Enseada de Brito, SC)
                                    Vinte e nove dias depois que começou esse “cativeiro” vem a pior notícia que se quer ouvir: partiu Luiz Felipe Falcão, professor doutor em História, alguém que me marcou mui profundamente lá no passado e que, com certeza, marcou a muitas outras pessoas mais. Felipe foi um dos mais fascinantes professores que tive, e estive pensando, nos dias passados, o que mais me fascinava nele, e era essa coisa de holismo histórico, aquela capacidade única de concentração e de foco, que fazia com que olhasse para a História como um todo, algo que ele sabia observar de qualquer ângulo com a familiaridade de algo muito íntimo, o que fazia com que costurasse e tecesse a História como um mago que tem seu mundo secreto como uma grande caverna de luz rósea que lhe habita o coração. Não sei por que a luz era rósea, mas é assim que a vejo agora.
                                    Felipe, mago da História, não teria 70 anos, e era alguém como eu gostaria de poder chegar aos pés. Partiu às dez horas de hoje, embora eu só tenha sabido há pouquinho, cinco horas depois.

                                    Vi muitas palestras com ele; vi longas aulas que duravam um dia inteiro, em tempos de especialização, e nunca, por um segundo sequer vi-o perder o fio da meada do que falava, mesmo quando havia intromissões que mudavam o assunto e o tempo e que davam uma reviravolta de mil ou dois mil anos na sua fala, ele não saber como continuar a partir das intromissões. Um gênio como professor; um encanto como amigo, um ser humano ímpar. Quando soube que eu pretendia fazer um mestrado, propôs ser meu orientador, e quantas vezes eu peguei meu carro em Blumenau e fui até Itajaí para conversarmos! Eram conversas compridas, lá na Univali, coisa assim de umas quatro horas a cada vez, paciência infinita dele, a desdobrar seu sonho de orientação: ele queria muito orientar uma pesquisa sobre os imigrantes do século XIX para Santa Catarina, o que não era exatamente o meu sonho: o coração me pedia que eu pesquisasse os sambaquianos. Um dia peguei meu carro e fui de novo a Itajaí.
                                    - Felipe – disse. – Não vai dar. Tenho que ficar com os sambaquianos. Venho te pedir desculpas e pedir que me cobres por todas essas horas que investiste em mim.
                                    - Não dá, não dá. Não tem nada para acertar, não.
                                    E assim, Felipe não foi meu orientador de mestrado, mas foi orientador de vida, com certeza. Dói muito muito saber desta notícia, hoje.
                                    Acho que vale falar aqui, também, de como Felipe era bonito. Minha mãe ainda era viva, então, e ela acompanhava muito de perto o que acontecia no meu envolvimento com a História. Então eu ia à casa dela e contava:
                                    - Sabe, mãe, aquele professor que é o máximo, aquele que eu falo sempre, aquele bonitão? Mãe, pois ontem ele estava com uma blusa de tricô de lã branca que o deixava tão, mas tão bonito... – e minha mãe curtia, também, o fato de eu ter um professor assim fascinante.
                                    Que dizer mais, Felipe? Desejar-lhe boa viagem, acho. Eu tenho cá comigo que a gente voltará a se encontrar...

                                                   Professor Doutor Luiz Felipe Falcão