A Constituição Cidadã , em seus artigos 215/216,
trata a cultura como item relevante para a consecução dos objetivos da
República.
NÓS, OS ABAIXO-ASSINADOS, ESCRITORES, INTELECTUAIS E
CIDADÃOS BRASILEIROS, POR MEIO DESTE, FAZEMOS AS SEGUINTES PROPOSTAS E
REIVINDICAÇÕES AO PODER PÚBLICO E ÀS AUTORIDADES CONSTITUÍDAS:
Pela urgente valorização dos escritores do Distrito Federal.
Por uma política cultural efetiva para os escritores
do DF com o fomento, a produção, a edição, a difusão e a distribuição e
comercialização do livro.
Pela democratização, desburocratização e
regionalização do Fundo de Apoio à Cultura do DF.
Pela inclusão cultural dos escritores de Brasília
nos eventos literários oficiais promovidos pelo poder público, com a inserção
nos cronogramas e programações.
Pela desburocratização dos meios de acesso ao livro
e à leitura com a inclusão dos livros dos escritores do DF nas livrarias locais
e de rede.
Pela criação do Instituto do Livro do Distrito
Federal.
Pela regulamentação, aplicação e estudo da
Literatura Brasiliense nas Escolas do Distrito Federal.
Pelo apoio efetivo ao funcionamento das instituições
e entidades literárias do DF.
Pela democratização da mídia e dos meios de
comunicação para que atuem de forma mais abrangente, criativa e menos
excludente.
Pelo incentivo e a preservação das identidades
culturais, garantindo à população contato com o fazer cultural e artístico do
DF.
Pela inclusão das Regiões Administrativas do DF nos
programas e eventos culturais e educacionais organizados pelo poder público.
Pelo fortalecimento das bibliotecas públicas e
escolares do DF.
Pelo não ao “apartheid” cultural e a conspiração do
silêncio.
Os escritores e intelectuais do DF entendem que
pagam muitos impostos e taxas, os quais, em parte, vão para gastos com
propaganda e marketing publicitário e que estes, por sua vez, não são
revertidos para a área cultural local. Não existindo, portanto, uma política
efetiva de valorização, divulgação e inclusão dos escritores do DF que ficam à
margem do mercado editorial e das ações e programas oficiais, sempre em
desvantagem em relação aos escritores de fora que são tratados e cultuados com
deferência.
Gustavo Dourado
Presidente da Academia Taguatinguense de Letras
(ATL)
Presidente da Academia Brasileira de Letras de
Cordel
Representante da União Brasileira dos Escritores
Representante da União Mundial dos Escritores
(Nota: O Manifesto foi lido no Sarau Recital Golpe Nunca Mais/Homenagem ao escritor Gabriel García Márquez, no dia 20 de abril de 2014, na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Recebeu a assinatura de centenas de escritores, intelectuais, professores, pesquisadores, artistas, autoridades, jornalistas, procuradores, promotores, militantes, sindicalistas, universitários e servidores públicos, entre outras importantes categorias.)