sexta-feira, 1 de agosto de 2025

ECOS DE AMOR, FORJADOS NAS LUZES ASTRAIS

 Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)


Nas neblinas das guerras interestelares  

Os calores abrasivos

Agarram-se na pele negra

Da afra-rainha como memórias digitais

***

Embora tivesse eu sido abandonada

Com a minha exo-armadura de titânio  

Essa foi a minha vitória

Pois ouvi a história

Que oca nas memórias cibernéticas

E nas falas dos griots

***

Há uma agitação avassaladora astral

E no cosmo infinito  

 Um astral milagre a desenrolar

Um sideral amor que ecoa

Para além das estrelas

***

Segurando mística flauta digital

Perto do meu coração vou entoar

  Uma ancestral canção

Vou sagrar as deusas e deuses antigos

***

O cronógrafo quântico

Com extrema precisão

Vai medir o tempo  

Vai explora a natureza quântica

Do espaço sem fim

***

A afra rainha Luna Dark

Trespassou os multiversos

Flanou no deserto desolado 

Retornou ao mundo em vigília 

E se reuniu a Yendel

No mundo em vigília

***

Havia algo de especial

Como se movemos

 Com os compassos de uma música

Ruma as profundezas dos nossos corações

***

O fantástico

O impossível

O improvável

O neuro-vírus a infectar a máquina viva

A desagruparem os antrorrobôs

A agruparem os nanosrobôs

***

O enamorado nascido

De chamas estelares da Super nova  

A enamorada concebida

À luz do Sol gêmeo 

Emergiu nas tranquilas águas do Lago de Hali

Os dois amantes

Que foram forjados no fogo eviterno

De amores e ódios

Das deidades antiquíssimas

Fragmento do livro, Sustentada no ar por negras asas fracas, texto de Clarisse Cristal, poetisa, cronista, contista, novelista e bibliotecária de Balneário Camboriú, Santa Catarina.

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