Por Clarisse Cristal (Balneário Camboriú, SC)
Nas neblinas das guerras interestelares
Os calores abrasivos
Agarram-se na pele negra
Da afra-rainha como memórias digitais
***
Embora tivesse eu sido abandonada
Com a minha exo-armadura de titânio
Essa foi a minha vitória
Pois ouvi a história
Que oca nas memórias cibernéticas
E nas falas dos griots
***
Há uma agitação avassaladora astral
E no cosmo infinito
Um astral milagre a desenrolar
Um sideral amor que ecoa
Para além das estrelas
***
Segurando mística flauta digital
Perto do meu coração vou entoar
Uma ancestral canção
Vou sagrar as deusas e deuses antigos
***
O cronógrafo quântico
Com extrema precisão
Vai medir o tempo
Vai explora a natureza quântica
Do espaço sem fim
***
A afra rainha Luna Dark
Trespassou os multiversos
Flanou no deserto desolado
Retornou ao mundo em vigília
E se reuniu a Yendel
No mundo em vigília
***
Havia algo de especial
Como se movemos
Com os compassos de uma música
Ruma as profundezas dos nossos corações
***
O fantástico
O impossível
O improvável
O neuro-vírus a infectar a máquina viva
A desagruparem os antrorrobôs
A agruparem os nanosrobôs
***
O enamorado nascido
De chamas estelares da Super nova
A enamorada concebida
À luz do Sol gêmeo
Emergiu nas tranquilas águas do Lago de Hali
Os dois amantes
Que foram forjados no fogo eviterno
De amores e ódios
Das deidades antiquíssimas
Fragmento do livro, Sustentada no ar por negras asas fracas, texto de
Clarisse Cristal, poetisa, cronista, contista, novelista e bibliotecária de
Balneário Camboriú, Santa Catarina.
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