Mira aquele pingo, parceiro!
Apareceu-me como numa visão
Revelada por uma divindade.
Inquieto, caborteiro barbaridade,
Ninguém ousava tocar-lhe a mão
Impossível saber-se por que razão.
Num certo dia, como de estalo.
Hesitante. Este mais lindo cavalo
Acolherou-se, manso, à minha criação!
Macaco metido a gente,
Assanhado por um fandango,
Ronca, grita, faz pango
Aquele tal do Bugio.
Caudilho da bicharada,
Como grita e faz zoada,
Irritado, ao ver-se no espelho do rio.
Zombeteiro, mas brilhante passarinho
Aquele tal João-de-Barro construtor.
Habita o fruto do seu labor,
Lugar seguro pra fazer seu ninho
Engenheiro guasca que fez com carinho
Sobre o autor: Antônio Augusto Duarte Webber é médico e poeta tradicionalista gaúcho. Natural de Porto Alegre, RS, morou em Brasília, DF, de 1974 a 1989, e, atualmente, exerce a Medicina em Sombrio, RS.
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