segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CORES

Por Pedro Du Bois (Balneário Camboriú, SC)

 Desfaleço cores: a incúria se esforça
em sinas multiplicadoras. Sou interrompido.
O som desanima. A palavra se faz real
ignomínia. Cores desfazem a trama.
Tambor em descompasso. Arrependido
corpo no velho hábito da negação.
Esmaeço o dia. Não o quero brilhante.
Opaco e rasgado. Universalizo o ânimo
 e me faço bandido encarcerado.
Ao crime imputam penas de favores
destrocados. Mudo as cores e a bandeira
ressurge em novo lema. Desfaço cores.
Apago traços. Descolorido sou em descanso.

Um comentário:

  1. Gratíssimo, amigo Zahler, por mais esses destaques: coloquei no meu blog e marquei no g+1. Abraços. Pedro.

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