Claro
que gosto do mato
Fui
criado em espaço
Ainda
durmo na palhoça
O meu carro é uma carroça
No
meu rancho é só fartura
Pois
trabalho sem lamuria
Não
me envergonho de nada
Nem da minha mão calejada
Carrego
pra onde for
Um
canivete e um couro que fiz
Nunca
pra fazer maldade
Só pra lembrar a minha raiz
Tenho
orgulho de ser catira
Tenho
orgulho de ser da roça
Não
me canso dessa lida
Não me vendo por aposta
Quero
viver assim
Até
que chegue o fim
E
até lá eu vou dizer
Que sou matuto até morrer.
Sobre o autor: Marcos L. Matos é poeta, escritor, membro da Academia de Letras do Brasil, Seccional Anápolis, GO.
Achei lindo, lembrou meu pai, parece que eu estava ouvindo ele declamar este poema.
ResponderExcluirEmocionou-me....