segunda-feira, 2 de março de 2015

SOU MATUTO SIM

Por Marcos L. Souza (Anápolis, GO)

Claro que gosto do mato
Fui criado em espaço
Ainda durmo na palhoça
O meu carro é uma carroça

No meu rancho é só fartura
Pois trabalho sem lamuria
Não me envergonho de nada
Nem da minha mão calejada

Carrego pra onde for
Um canivete e um couro que fiz 
Nunca pra fazer maldade
Só pra lembrar a minha raiz

Tenho orgulho de ser catira
Tenho orgulho de ser da roça
Não me canso dessa lida
Não me vendo por aposta

Quero viver assim
Até que chegue o fim
E até lá eu vou dizer 
Que sou matuto até morrer.

Sobre o autor: Marcos L. Matos é poeta, escritor, membro da Academia de Letras do Brasil, Seccional Anápolis, GO.


Um comentário:

  1. Achei lindo, lembrou meu pai, parece que eu estava ouvindo ele declamar este poema.
    Emocionou-me....

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