quarta-feira, 1 de junho de 2016

ABSTRAÇÕES EM NANOSSEGUNDOS

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)


Não há tempo para abstrações
Sucumbir à quimérica companhia
De imortais deusas e deuses
***
 Não há tempo para arrefecer
Na mística bruma encantada
Muito menos embrenhar-se
No mítico vergel
Embair-se pelo abissal canto
Da sacrossanta Kianda
***
Não há mais tempo
Para deleitar-se complacentemente
Sobre a sombra de uma árvore
Tendo a hialina companhia
Da divinal musa encantada
Se perder entre sussurros
Ou prantos poéticos
Se se perder
Para além do infinitude
Do ser absoluto da negra Valquíria
Pois o mundo real arde
Em chamas em nanossegundos

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