Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)
(Para Liege Vicentthe)
Embrenho-me em ti
Deusa mística pagã
Portadora de abissais
e infinitos mistérios
Imortais e profanos
segredos
***
És nebulosa
safira
Incrustada no adro
Do céltico palácio
mítico
Que arde em chamas ad
æternum
***
És um devastador
cataclísmico
Enfurecido
A se formar no
horizonte perdido
Em almas alquebradas
Que urram em
desespero
Em tempos imemoriais
***
És o negro pelágio de
divinais loucuras
Toda nua em Hallstatt
Despida em La Tène
Pronta para me amar
Sedenta por me devorar
A ciciar diante da
lua em sangue
No mais puro e negro luar
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